terça-feira, 17 de maio de 2011

Foco

Meu tempo é curto e minhas palavras também, simplesmente as jogo sobre o papel, sem nexo; nem coesão. Desfaço-me das roupas e repouso meu olhar sobre as formas do teu corpo. Perco o foco quando meus olhos pairam sobre tua volúpia. Meus escritos não são narrativas suficientemente descritivas e meus versos perdem a quebra do tempo quando me deparo com o teu olhar. Me fazes delirar ao som obscuro do badalar dos sinos do inferno, traduzidos em suspiros desvairados. Teus cabelos louros reluzem à luz da lua enquanto teu sexo me inebria com toque do néctar nos meus lábios. Imergimos nossa libido nas mais depravadas fantasias e viajamos pela estrada da luxúria.

O gozo é como o fulgor da ponta do cigarro; que logo se apaga. Para, em breve tornar a queimar.