quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Shine

Hoje eu escrevo com uma alegria tamanha que nem direito cabe em mim, escrevo sem nós e entrenós, escrevo sozinho atrás das teclas vermelhas do teclado iluminado. Deslizo os dedos com a mesma alegria que um pintor desfere golpes na tela vazia, brinco com palavras, escrevo reescrevo e me perco na escritura de mim mesmo. Reencontrei em cada canto os pedaços de mim mesmo, entre um gole e outro encontrei a mim mesmo, ébrio em tantas coisas que já nem lembro mais, no entanto encontrei algo, algo tirado há tanto tempo e eu já nem lembrava mais.
Hoje foi dia de limpeza, dei conta do tempo perdido, abri espaço para móveis novos, planejados, desenhados especificamente para mim. Sou egoísta, sim, nunca neguei, mas sempre tento ser o meu melhor, enfim, não há dúvidas, nem sempre o melhor é bom suficiente e eu aprendi a não ligar. Também aprendi da forma mais complicada o quão perfeito é o aroma da liberdade, da vontade de correr e respirar. Tirar a venda e ver que há, sim, cor e o mundo não é aquele colorido-preto e branco. Também pintei as paredes, tirei os quadros antigos e entreguei para doação. Redescobri o brilho de algo tão perdido entre as brumas ululantes a me ofuscar a visão. I don't care anymore. I don't care about nothing. 
And you, baby... Shine your light down here...shine.

There is no mistery at all. I smoke your mouth and burn your body. You smoke me and burn me inside. Like put out fire with gasoline. No mistery....At all.

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