terça-feira, 21 de outubro de 2008

A vida ao nosso lado

Pode ser de qualquer forma, qualquer coisa, mas também de qualquer coisa, pode ter-se várias formas, o que importa na realidade não são as formas nem as coisas, o que importa são os resultados, é isso que todos nós humanos procuramos, afinal, Maquiavel dizia que os fins justificam os meios, não que qualquer meio seja justificado, mas podemos justificar os meios como uma qualificação de objetivo: enfim, não é disso que se trata tudo isso.
Hoje eu vinha tranqüilamente sentado no banco do ônibus e um ser anônimo sentou ao meu lado; até então, nada mais do que normal, já que todos os dias milhares de pessoas sentam em bancos de ônibus, normalmente umas ao lado das outras, mas também não é esse o ponto em que eu quero chegar, o que eu quero falar, é que de certa forma eu me senti indignado, não por ele ter dormido, mas sim pela falta de educação, que geralmente parte de todo mundo, afinal, diariamente andamos esmagados, encoxados e somos covardemente espancados por mochilas, cotovelos ou qualquer objeto que possa abrir caminho, pois é extremamente difícil abrir a boca pra pedir licença, mas de qualquer forma, o ser inútil e mal educado sentado ao meu lado começou a dormir, tudo bem, necessidade orgânica, mas porra, ele começou a me empurrar pro canto como se ele tivesse o direito de usar dois bancos, então minha calma que sempre fala mais alto nesses momentos, fez com que involuntariamente minha perna fosse contra a dele dando porradas no joelho dele, fazendo com que ele abruptamente acordasse e o vadio achava no direito de ficar bravo, mas que coisa, eu pago R$0,99, possivelmente ele tenha pago R$2,50 o que não justifica ser mal educado. Eu tenho uma certeza, o grande problema do nosso transporte coletivo honestamente não é o sistema, não é a prefeitura, não é o sindicato, são as pessoas, pois as pessoas são mal educadas, as pessoas que não sabem portar-se dentro de um coletivo, porém o mais revoltante é que são as pessoas de idade as mais mal educadas, pois muitas vezes, as crianças e os pequenos são os mais educados que têm, é até bonito ver àquela voz fininha pedindo licença e tu teres que olhar pra baixo pra ver quem vem passando. Óbvio, eu fui igualmente mal educado, mas pensando que os fins justificam os meios, eu posso ter ido pra casa sendo empurrado pro canto, mas ele foi pra casa dele sem conseguir dormir direito: fato.

Um comentário:

Ana Al Izdihar disse...

Nooooooooossa! No conteúdo? Penso exatamente igual!

No estilo... Ai, me senti dentro de "Ulisses" de James Joyce! ahahahah