segunda-feira, 18 de abril de 2011

Vênus V

O homem que por vezes se depara com seus incontáveis estímulos de vivência, não obstante de sua alma deturpada pelas andanças libertinas. Uma alma que se torna apoderada pelas perdições da carne e não se contenta apenas com o deleite erótico de uma noite qualquer. Seu corpo, sua mente não saciam-se apenas com o corpo que nos seus braços toma, seus devaneios mais doentios não estão saciados. Ele precisa mais. O amargo do álcool que invade suas entranhas através do esôfago acorda o desejo incontrolável de fetiches peculiares. O corpo clama por aquela cruel soberana, e seu açoite. A mulher que no ardor das chamas do coito sabe contemplar a beleza do seu sadismo e delirar ao toque masoquista das mãos do seu homem. Clama assim a alma de um vivente que em suas andanças tem desperto seus mais íntimos desejos outrora adormecidos. O cigarro tentador que pende entre os lábios penetra os pulmões o fazendo divagar por entre lâminas e navalhas, o copo de whisky contempla o despertar das mais íntimas alucinações vestidas em peles e esvoaçando os cabelos rubros como seus “lábios”. Pervertida & Cruel.

Um comentário:

Juli_aishiteru disse...

Amo "Vênus"