Ensaio mil
sorrisos desnecessários,
Ensaio
o abraço duradouro.
Ensaio
frases rebuscadas.
Ensaio
teus versos enquanto vivente.
Desfio
na pura matéria que me agrega
A
imposta onda a suplantar a distância.
Mas
nessa carta de amor ensaio a letra,
Ensaio
o riso a desdobrar-se junto ao teu.
Nas
páginas dessa carta eu escrevo
A
razão do meu sorriso, o motivo.
Imperam
nele as doces palavras,
O
vermelho vivo do teu cabelo.
Nesta
carta não envio alegrias,
[Nem
tristezas]
Desfio
a distância e a refaço
No
abrigo dos teu abraço.
Os
teus braços donde repouso meu coração,
Doce
murmúrio, este que sonho
Onde
teus braços me envolvem,
Teus
lábios tocam os meus.
Me
endoudeço ao vinho,
Permito-me
ébrio delirar.
Ao
embalo da tua imagem
Permito-me
divagar.
E
às noites, ao embalo do sono
Te
encontro em sonho,
Lugar
onde não há distância,
Há
apenas eu e você.
Ao
despertar dos teus beijos,
Desperto
envolto no véu
Que
desperta meus desejos.
O
véu que nos envolve e nos mantém.
E
novamente fecho os olhos,
Toco
mais uma vez tua boca,
Bebo
o vinho dos teus lábios
Ao
vibrar de minh’alma.
Sigo
ensaiando mil sorrisos,
Mesmo
desnecessários,
Pois
a ideia da tua presença
Me
abraça em tua ardente ausência.
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