segunda-feira, 2 de junho de 2014

Outro Dia

Atrasados para o trabalho, desde cedo estavam preocupado com trânsito, filas, engarrafamentos, a correria da manhã lhes tinha aturdido os sentidos, em situação semelhante vivem os lotófagos, enebriados eternamente pelo transe causado pela lótus, assim a vida moderna atinge a todos. Os dois lutavam constantemente contra isso, com devido sucesso, davam vez a outros pensamentos ao invés da correria cotidiana; os anos passaram e tudo estava em ordem.
Naquela manhã específica reinou o caos, era uma reunião importante, decisiva, ambos estavam apressados, haviam sido tocados pelas garras da lótus moderna. Num repente, no assombro fatal da lucidez se deram conta da realidade perturbadora, trocaram olhares breves e famintos. Aos beijos se atracaram de encontro à parede, não resistiram ao desejo contínuo dos corpos, mãos, dedos e unhas traçavam acrobacias engenhosas pela pele, o nó da gravata já desfeito, a calcinha já estava atirada do outro lado da sala.No frêmito constante ele levantou-lhe a perna com indescritível rapidez, o sexo duro procurava famigerado a doce espuma dos prazeres, na força do tesão penetrou-lhe as entranhas, gemidos embalavam as estocadas rápidas, penetrava-lhe o sexo com a alegria diária de cada encontro. Soltou os seios do soutién, apalpou todo o volume, mordeu os tesos mamilos.Ele deslizou a mão até a bunda e fez força levantando o corpo que vertia néctar ao seu pênis, as pernas dela amarravam-se à cintura dele, a pele esfregava, roçava, a sala já estava completamente dominada pelo cheiro de sexo. Colocou sua amada no chão, dando a ele as costas e encostando o rosto na parede, penetrou-a de costas, com força, o rosto dela esfregava na parede gelada, puxava-a pelos seios, extasiados, sobre ele, ela derramou o tão violento gozo, as pernas tremiam, o líquido escorria pelas pernas.
Afirmou não querer gozar, disse à noiva preferir guardar cada gota para as lubricidades da noite. “Coloca a tua calcinha, estamos atrasados.”, obediente e com certa pressa, colocou rapidamente a calcinha de renda, ajustou o vestido e apalpou os cabelos para saírem. “Sério mesmo que você dispensa o gozo? Ainda tá duro.”, “uhum” – respondeu ele.Refez o nó da gravata e ela o alinhou; ao das as costas, a doce senhora sentiu seu braço puxado para trás, assustada, questionava o que havia acontecido. “Acha mesmo que não quero gozar?”, e levantou rapidamente o vestido, enfiou o pau entre as coxas, roçando a cabeça latejante entre os lábios ainda molhados daquele sexo tão dele. Verteu o sêmen entre a calcinha de renda e o clitóris, gemeu, não perdeu gota alguma, cada jorro fora abraçado lascivamente pelos lábios ainda molhados.
“Agora, sim, podemos ir.”, “Safado” – ela respondeu. “Agora vais sentir cada gota da minha porra durante toda a reunião e, enquanto isso, ainda vou te lançar todos os olhares mais perversos possíveis.” Seguiram até a porta, deixaram o recinto com aroma de sexo. Sempre bebiam dessa fonte profana. Entraram no carro e partiram para a reunião, quase satisfeitos, aquele fora apenas o começo de mais um dia.

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