segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Tolkien e a Vida [minha vida].

É tão estranho quando sabidamente tomamos decisões idiotas, chego às vezes a crer que tenho sérios problemas mentais, deveras, não descarto tal possibilidade nem nunca vou descartar. O exílio me proporciona momentos maravilhosos, insights incríveis, chego até a crer que isso aqui de alguma forma me faz bem, mas sei que de uma forma geral não me faz tão bem assim. Acredito que não chego a conclusões vis e sem conteúdo, aprendi algumas coisas nesse lugar e sei como tenho muitas outras pra aprender: aprendi a lidar com determinados comportamentos, vejo que é como um cenário com necessidade de adaptação, pensei de início que seria o pior tormento da minha vida, mas hoje a noite enquanto eu assistia "Titanic" reparei que nem tudo estava afundado e que a maioria das coisas está aqui, bem na minha frente. Eu escrevo a fim de chegar a algum lugar, procuro nas expressões formas muitas vezes equivocadas de literatura, mas no final em sempre percebo o quanto tenho aprendido. Talvez esse isoladamente de certa me traga algo bom, e eu não falo isso como um desabafo ou algo do gênero, eu falo como uma necessidade de ampliação geral de perspectivas. Em suma: Sim, aos que não me conhecem pode ser incoerente, mas ao reler O Hobbit pela 14ª vez eu percebi como o Senhor Bilbo mudou, deixou de ser o simples Hobbit acomodado, passando a ser um caçador de tesouros e vejo através dessa perspectiva que o Tolkien mais uma vez acertou ao enaltecer toda a exorbitância que existe para além do Condado: Tomemos o condado como aquele mundinho que criamos acerca de nós mesmos, logo após percebemos que é assustador ir para longe desse mundinho, enfrentamos dificuldades, enfrentamos muitas coisas das quais nunca imaginamos que enfrentaríamos, porém ao final da aventura quando voltamos pra casa, trazendo conosco muito mais do que ganhos, trazemos vivência. Afinal, devemos enfrentar o dragão da vida, afinal, considerar que a vida é um dragão tipo o Smaug, é uma metáfora um tanto quanto peculiar, mesmo através de uma perspectiva contemporânea. Em seguida, temos a criação da "sociedade do anel" com o único intuíto de levar o anel até Mordor para que o mesmo seja destruído. A sociedade do anel cai. Tudo cai, tudo desmorona, mas não foi por o eixo principal ter sido ruído que tudo também ruiu. Mais uma vez o tio Tolkien nos ensina que nas maiores adversidades podemos encontrar um verdadeiro ponto de apoio e um verdadeiro impulso, mesmo que toda a força maligna que carregamos lute contra todo e qualquer sucesso no alcance das metas pessoais e muitas vezes as adversidades crescem dentro de nós mesmos, através de um simples anel metaforizando nossos pensamentos negativos. E que nem sempre desistir vale a pena. Divagações noturnas sobre o universo Tolkiniano e o nosso universo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Quanto ao universo tolkien, beijos, nem li. hohoho juro que tentei. mãs... impossibilidades a parte. cansei. um dia talvez recomece. quanto ao exílio... produtivo ele sempre é. é que a gente sempre se força a sobreviver e sobrevive.

Ana Al Izdihar disse...

Insights, conexões, insights, mensagens... Nigredo, albedo, citrinitas, rubitas... O que está em cima é igual ao que está embaixo! Pronto! O Fred fez mais uma alquimia!