quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Café da madrugada.

Madrugada e meia e eu aqui contando os minutos, na verdade eu conto os segundos ansioso pelo momento da volta, não sei como vai ser, não tenho idéia do que me espera. Mais uma olhada no relógio; percebo então que o tempo não passa, os ponteiros se arrastam e a madrugada se estende.
Caminho pelo chão de madeira que emite ruídos a cada passo. Acendo a luz, abro a pequena porta do armário em busca de café e encontro simplesmente a lata vazia. O desejo é particularmente incontrolável, meu corpo e a minha mente precisam de cafeína, precisam daquele sabor e daquele aroma de café passado. Por um momento fico sem saber o que fazer.
Volto para o quarto e sento na cama, penso, brinco com o velho isqueiro. Levanto e vou até a sala, pego as chaves do carro. Afoito, sedento, entro no carro com um simples objetivo: comprar café. Reviro as ruas escuras na busca de algum lugar para comprar o café. Estaciono.
- Onde tem café, por favor?
-Logo ali na estante ao lado, senhor.
-Obrigado.
Pego o café. O precioso café, tão precioso quanto o anel do poder para o Smeagol, na verdade por um momento eu me senti o próprio ao tocar o pacote de café. Com uns trocados, pago a atenciosa moça do caixa. Entro novamente no carro e dirijo até em casa.
Abro a porta, corro até a cozinha. Pego o velho passador e aqueço a água, coloco duas colheradas de café dentro do passador, coloco a água quente. Ali está ele, a cor, o aroma, tudo em perfeita harmonia.
Sirvo minha caneca com a mesma colherada de sempre. Aquele líquido dos Deuses na minha boca de novo.
Posso dormir em paz agora.

Um comentário:

Anônimo disse...

A noite terminou com um delicioso brinde de café,ainda bem que vc conseguiu encontrá-lo a tempo!
E vc continua sendo o meu number one do top five!