segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Dance dance....Dance.

Anda. Caminha nessa linha tracejada no quintal da minha casa. Desfila nos arredores, tira meu sono, me embriaga. Ensaia teus passos de dança na minha cama, enquanto teus pés me são taça de vinho. Declama tua poesia torta enquanto eu te como inteira. Desse amor, te quero chupando até o gozo, me sufoca nas tuas pernas lambuzadas.
Rasteja nesse lençol carmesim que te envolve, retorce teu corpo montada em mim, geme doce o teu grito mais desusado, verte sangue das minhas costas. Deixa a música tocar, o corpo dançar. Acende logo esse cigarro e me traga por inteiro. Temos tempo, darling. Temos todo o tempo do mundo, esse fragmento da eternidade nos pertence. Toca minha mão e escreve com gozo essas linhas inflamadas, afetadas, cretinas e masoquistas. Baby, quando te vi eu não soube se queria matar ou queria meter.
Dança comigo essa dança, vamos rodar até não conseguir mais, cair exaustos, com os pés machucados e o sexo ferido. Eu tenho esse sorriso torto que sempre foi teu  e teu rosto sempre brilhou mais forte no reflexo do fio de luz que entrava pela janela.

Nenhum comentário: