segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Here and there!

Qual o teu problema? You stay there and I stay here, licking my wounds, moaning about life and drinking every drop of scotch I find. Tira logo essa tua roupa, senta logo no meu colo, me engole com teu sexo faminto. Escreve minha pele com tuas unhas, me marca como teu animal. Eu te farejo em cada canto do nosso quarto, te desejo com cada célula do meu corpo. Eu tremo de pensar na tua súbita inexistência.
Eu caminho por essas ruas pensando no teu corpo perto do meu, tuas mãos amarradas, incansável, sempre querendo mais: tua dor, nosso prazer. Traças em mim tua boca quente e teus dentes afiados, tua saliva escorrendo pelo meu pescoço.
Deixa disso e vem aqui, chega perto e eu te carrego até a cama, falo uma dúzia de frases românticas e dez dúzias de sacanagem, nossa receita sempre foi perfeita. Essas feridas abertas e inflamadas que nunca fecham, não por desamor, mas por amar demais, amar mesmo longe e perceber que tudo mudou, mas nada mudou. Teu drama, meu drama, meu corpo, teu corpo, meia dúzia de carinhos e um tapa na cara, minha gravata no teu pescoço e minha camisa rasgada, meu gozo te inundando, manchando tua calcinha antes de ir trabalhar. Mesa posta do café.
Meia duzia de torradas, teu café forte, arroz queimando na cozinha. Boca sedenta e eu te amarro no quarto. Sei bem, já disseste que aguentas uma vida inteira assim ao meu lado. Joelhos machucados e o almoço pronto. Teu corpo pendendo no ar e meus dedos enfiados entre tuas pernas. Sobremesa. Beijo doce, romantismo, carinho e uma poesia torta.
No trabalho, conto as horas de voltar pra casa, procuro tua sala, vasculho tuas gavetas, deixo uma carta de amor, tua calcinha ainda no meu bolso e a marca do teu salto no carpete, teu cheiro impregnado em mim. Tua marca de batom no meu copo de whisky. Espero ansioso tua presença, ensaio uma melodia prazerosa, music to drink and fuck, a pile of books segurando a cama quebrada, tuas marcas nas minhas páginas, cheiro de livro velho com a capa cheirando a sexo.
Tudo junto, no fundo da nossa taça de vinho, a noite vai alta e tua camisola como sempre alinhada, cada noite uma diferente, maquiagem borrada, cabelo bagunçado. Te gosto assim, tu torta e eu te comendo em fatias.

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